terça-feira, 14 de novembro de 2017

Lido: Silverfish, o Último Inquilino

Silverfish, o Último Inquilino, de Manuel Mendonça, provavelmente o mais curto dos contos desta antologia, é um conto muito vagamente de ficção científica — passa-se num futuro em que os ebooks terão substituído por completo os livros físicos; não que isso tenha algum verdadeiro impacto na história — sobre uma entidade que parece incorporar as características principais dos peixinhos-de-prata. A narrativa é desconexa e apressada, o que talvez não seja sempre defeito mas pelo menos exige que o autor mostre que sabe o que está a fazer, o que Mendonça está muito longe de alcançar. Pelo contrário; a própria prosa é frágil, o final talvez estivesse claro na mente do autor mas para a do leitor mais parece uma frase vagamente mística (refere-se a um obscuro texto tibetano), atirada para ali sem grande propósito, e tudo termina deixando muitíssimo a desejar. O texto mais fraco da antologia até ao momento, e a grande distância do segundo pior.

Contos anteriores deste livro:

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